segunda-feira, 11 de maio de 2009

11. Algumas conclusões

Os problemas que enfrentamos são sistêmicos, isto é, estão interligados e são interdependentes, dificilmente se resolveriam isoladamente. Para que se possa reduzir a população mundial tem-se que reduzir a pobreza e aumentar o nível educacional; para que se possa manter a biodiversidade deve-se resolver o problema da fome e da dívida externa dos países mais pobres.

Georgescu-Roegen (1995) deixou alguns itens sarcásticos para serem pensados por dirigentes que queiram dar o primeiro passo rumo à uma sociedade mais igualitária, talvez não tão divertida, desperdiçadora ou dinâmica quanto a nossa, mas que dará mais segurança a todos.

  1. banir a guerra e a produção e investimento em material bélico;
  2. auxiliar, rapidamente, o terceiro mundo a obter existência digna, sem luxos;
  3. reduzir a população mundial até que uma agricultura, sem petróleo, possa sustentá-los;
  4. evitar o desperdício de energia enquanto se espera que outras formas de energia estejam disponíveis, como energia solar, termonuclear ou outras;
  5. reduzir a moda e os supérfluos;
  6. investir em mercadorias que sejam mais duráveis;
  7. reduzir a jornada laboral procurando redescobrir a importância do lazer.

Qualquer desses pontos se torna absurdo, senão risível dado seu alto grau de ingenuidade, ainda mais quando se adentra as diversas classes sociais, mas, ao não diminuir a população mundial, talvez, se tornasse interessante rever estes sete pontos num futuro próximo. Ainda assim, nota-se a necessidade de uma alteração de mentalidade, de paradigma, que ainda não foi observada por nossos dirigentes e pela maioria dos líderes políticos. As corporações e universidades possuem uma visão curta do que está por vir: um mundo mais populoso, mais poluído, mais pobre, com grandes necessidades de energia e água e com diversas reservas naturais à beira do esgotamento. Mas, como diz um amigo, ou se muda pelo amor ou pela dor. Existem soluções, o homem não se autodenominou Homo sapiens, o homem sábio, à toa. È certo que, quanto mais rápido se tomar as decisões certas e em conjunto, mais fácil será sair da crise ambiental/social.

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